22 anos

Tenho o escritório numa completa desarrumação e desorganização. Revistas, cadernos, dossiers, livros, CD, DVD tudo por arrumar. A pilha em cima da secretária e da mesa é cada vez maior. Até sacos com prendas que tenho para dar estão lá. Enquanto eu não arrumar tudo, ninguém lá entra, o que significa que não convém demorar muito.

Ontem pensei em dar uma primeira geral. Completamente perdida sem saber por onde começar decidi arrumar o meu baú, que diga-se de passagem não precisava de ser arrumado. E o que é o meu baú? É baú onde guardo todos os meus cadernos, estão lá, não tem grande arrumação.

Mas ontem decidi "arrumá-lo", que não é nada mais do que tirar tudo para fora e voltar a colocar lá dentro, sem qualquer ordem. Foi uma interessante viagem ao passado.

Não li tudo, nem vi tudo, impossível em pouco tempo, mas dei uma vista de olhos a alguns cadernos. Consegui descobrir a primeira entrada que tenho, data de 28 de Setembro de 1989.

22 anos!

Há 22 anos que escrevo nos meus cadernos, diários se quiserem. Se bem que diário mesmo, aqueles livrinhos com cadeado, só tenho 1, os restantes são cadernos normais, que eu utilizava para os meus desabafos. E que desabafos...

Do primeiro caderno que vi só tive vontade de mandar para o lixo, mas contive-me. Se bem que decididamente não me apetece que ninguém veja o que lá está. As coisas que eu escrevia...

Os cadernos dos primeiros anos, acabam por ser engraçados, eu escrevia tudo, tudo: " hoje levantei-me às 9h, tomei o pequeno-almoço, depois pensei em ir à biblioteca, mas acabei por não ir, blá, blá, bla."

Não tenho toooda a minha vida registada, há alturas em que sou mais dedicada a isso do que outras, mas tenho um bom espólio. 22 anos.

22 anos.

Masoquismo

Sim, sou masoquista, vou de propósito ler os artigos do senhor. Desta vez sem comentários, apenas o link:

Dois maridos

Plof

"Fez plof e sumiu-se. Há onamatopeias providenciais. Imagine-se que tínhamos de descrever o processo de sumição do sujeito com todos os pormenores. Seriam precisas, pelo menos, dez páginas. Plof"
In "A viagem do elefante", José Saramago.

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Uma foto, mil lembranças

Já falei aqui da Sômnia mas hoje vou falar novamente. A Sômnia é a autora por detrás do belo e emocionante Borboleta pequenina somniando na Suécia . É um blog que vale a pena conhecer, a beleza da Sômnia, a sua alma, transparece em cada palavra.

Desta vez falo no blog com o intuito de publicitar um concurso que a Sômnia está a promover, a saber : Uma foto, mil lembranças.

A ideia do concurso partiu de uma série de post que a Sômnia publicou no seu blog, sendo este o post de partida (vale mesmo a pena ler) tendo sido depois seguida por algumas das suas leitoras.

Agora a Sômnia decidiu que seria interessante um concurso com base nesse tema. A ideia é escrever sobre as memórias que determinada fotografia nos traz, tão simples quanto isso.

Quem quiser participar basta escolher uma foto, tem de ser uma foto pessoal, claro, depois é deixar a imaginação, ou as memorárias rolarem livremente. O objectivo é contar a história da foto, o que ela nos recorda.

Para se inspirarem sugiro que sigam o link Uma foto mil lembranças, onde podem encontrar não só alguns exemplos de quem já enviou alguns textos para a Sômnia como as regras do concurso. Depois de algumas dúvidas sobre como o concurso se iria proceder, ficou muito simples:

1 - Escolher a foto
2 - Escrever o texto
3 - Enviar para a Sômnia (borboletapequeninanasuecia@gmail.com ou somnia.carvalho@gmail.com) até 10 de Setembro
4 - Caso tenha blog, publicar no blog.
5 - Estar atenta ao blog para poder ler os restantes textos
6 - Votar no preferido.

As vencedoras terão direito a prémio, uma aguarela pintada pela própria Sômnia.

Eu, confesso, estou entusiasmada com a ideia.

Vintage

Parece que o vintage está na moda.
A foto da esquerda é um vestido que aparece numa página da Revista Máxima de Agosto.
A foto da direita? Um vestido que desencantei de um baú de casa da minha avó, que tem garantidamente mais de 20 anos e que mandei arranjar para mim.